Meu Cowboy, Meu Homem 2

novembro 04, 2008

-Amanhã é o meu último dia aqui na Cavalo Negro, Vladimir...
-Eu sei. Amanhã você volta pro teu mundinho podre tão querido: a cidade!
-Vladimir!
-Ara, e não é?
Gabriel, deitado na relva, apoiava a cabeça no colo de Vladimir, que estava encostado numa grande árvore, ambos observavam o pôr do sol atrás das montanhas, nos limites da fazenda.
-Verdade...
Vladimir olhou em seus olhos e disse sarcástico:
-O que uma boa pica não faz, hein?
-Como assim? – Respondeu arrogantemente.
-Ora, você admitindo que eu estou certo ao dizer que a cidade é podre.
-Nem percebi.
-É como eu disse: Quanto mais fundo o cacete entra, mais manso o viado fica.
-Que nojo!
-Você bem que gosta...
-Simplesmente não há como ter um diálogo decente com você! - Disse Gabriel, se levantando.
-Aonde você vai potro “brabo”? He, he, he...
-Me deixa!
Montou em seu Asa Larga, que finalmente tinha aprendido a cavalgar (graças a Vladimir) e saiu num forte galope. O vaqueiro Vladimir continuou sentado observando o pôr do sol.
Depois de alguns minutos, quando o sol já havia se escondido um pouco mais por detrás das montanhas, Vladimir foi atrás de Gabriel, pois ficara receoso perante sua reação. Onde procurar? Numa fazenda tão vasta como a Cavalo Negro lugares para chorar escondido não faltam. Mas Vladimir sabia onde encontrá-lo. Sempre soubera.
-Que que deu em você, hein?
-Vladimir!!! Que susto! Anda feito um gato manso... Mas como você me...
-Esse lugar é especial pra você garoto. É fácil te encontrar. É especial pra mim também.
O estábulo estava num tom dourado extremamente belo. A luz entrava pelas janelas superiores, refletia no feno e deixava tudo num tom mágico de fim de tarde. Um ou dois cavalos dormiam ao fundo, dava-se para escutar sua respiração.
-Vladimir. – Gabriel fez força para evitar o tom de quem engole um choro.
-Fala. – Respondeu, sentando-se ao lado dele, logo Gabriel sentiu aquele cheiro de homem invadir o seu nariz novamente. Aquele vaqueiro trabalhou o dia todo e o banho ficaria para mais tarde.
Gabriel, num movimento rápido, sentou-se em seu colo, para espanto de Vladimir, e começou a desabotoar sua camisa xadrez.
-Me come força. Arregaça esse meu cuzinho apertado. – Gabriel já sentia o cacete daquele vaqueiro querer saltar da calça apertada.
Vladimir lhe deu um beijo forte, dançando vorazmente sua língua dentro daquela boca. Com toda a sua força, agarrou os braços daquele garoto magricela e levantou-o para depois jogá-lo novamente em cima de um punhado de feno macio.
-Não gosto que fique em cima de mim, seu puto da cidade. Eu é que comando. – Disse enquanto estourava os botões da camisa de Gabriel.
Depois disso, desafivelou seu cinto e abaixou a calça. Aquele cacete puro sangue pulsava por debaixo da cueca suada de um dia inteiro. A barriga continuava com aqueles pêlos negros, que escondiam músculos rígidos feito aço.
-Quero fuder a sua boca.
Gabriel se aproximou, cheirou aquele corpo de homem bruto, lambeu seus pêlos e abaixou sua cueca. O caralho saltou para fora instantaneamente, e Gabriel se deliciou, feito um bezerro desmamado, com aquele pedaço de carne dura feito pedra.
Chupava a cabeça com vontade, enquanto seus dedos deslizavam por entre os pêlos negros de sua barriga e de seu peitoral definido. Engolia aquela saliva com gosto de cacete suado e enlouquecia com tudo aquilo. Vladimir socava o cacete com força na boca dele, por vezes pensou que iria engasgar, ma logo a vontade de chupar mais aquele pau voltava às suas veias... Gabriel também lambeu as bolas de Vladimir, era louco por um saco pesado e Vladimir era muito bem dotado em tudo. Tamanho e peso não lhe faltavam. Chupou, lambeu e deixou seu saco molhados de saliva.
Aquele vaqueiro estava prestes a gozar e se não parasse agora, seu pau iria explodir porra por todo o rosto daquele garoto. Ele ainda queria comer seu cu...
-Pára moleque! Agora vira essa bunda pra mim.
Vladimir pegou a camisa de Gabriel, que estava no chão, passou em volta da boca dele, virou-o de costas e puxou com uma mão, feito uma rédea, aquele pedaço de pano enquanto a outra mão abaixava as calças de Gabriel. Queria fazer aquele cuzinho arder. Aprumou o cacete no meio daquela bunda macia e começou a socá-lo.
Centímetro por centímetro seu cu era arregaçado por aquela tora. Gabriel abria ainda mais as pernas, pois a sensação de ter o corpo violentado por todo aquele pau lhe era forte. Quanto mais Vladimir socava, mais forte puxava a rédea improvisada e mais forte Gabriel gemia. A saliva de Gabriel era o único lubrificante e isso fez com que a primeira estocada ardesse ferozmente seu rabo.
Quando meteu até o talo, o vaqueiro parou por alguns instantes para sentir o cuzinho quente daquele moleque apertar seu pau.
-Rebola no meu caralho. Mexe essa bunda gostosa pra mim seu viado filho da puta.
Gabriel obedecia. Adorava obedecer aquele macho do campo. Rebolava e mexia tudo o que podia. Aquele pau lhe rasgava o cu com brutalidade.
-Quero de enrabar de outro jeito, moleque.
Quando Vladimir retirou todo o seu cacete de dentro de seu cu, Gabriel sentiu um vazio inexplicável, aquele caipira lhe preenchia por completo.
Pegando Gabriel pelos tornozelos, agora um de frente para o outro, Vladimir levantou-os até os seus ombros, e sem piedade bombou seu cacete pra dentro dele novamente. Os estalos entre os corpos eram potentes e a bunda de Gabriel logo ficou vermelha. Naquela posição, Vladimir podia beijar a boca de Gabriel, e o fez com vontade. O cu, antes apertado, agora recebia aquele mastro sem resistência alguma e aquilo só fez com que a velocidade das estocadas aumentassem.
Vladimir estava quase gozando. Apertava os tornozelos de Gabriel com força e abria suas pernas ao máximo, também mordia seu peitoral branco deixando-o com uma marca vermelha. Vladimir estava gozando forte dentro de seu cu. Gabriel gritou com a dor que sentia e com a velocidade que aquele pau entrava e saia de seu corpo. Ele também gozou forte, um jato de porra molhou sua barriga, melando-o e também melando os pêlos de Vladimir.
Depois que o vaqueiro tirou seu cacete de dentro de Gabriel, ambos deitaram no feno, e olhando para o teto, ficaram em silêncio por um bom tempo. Até que Gabriel deitou-se sobre Vladimir e se pôs a acariciar seu peitoral, brincando com seus pêlos entre os dedos.
Passaram um bom momento assim, até que a noite veio para os separar. Gabriel se despediu com um beijo forte e foi para o seu quarto sem dizer nada. Vladimir continuou deitado no feno.
-Aonde estava? – Perguntou Álvaro Antunes, seu pai, assim que pisou no primeiro degrau da escada que levava para o seu quarto.
-Nadando. – Respondeu.
Gabriel subiu as escadas em silêncio. Entrou em seu quarto e se afundou na banheira de mármore. Desanuviou a cabeça e começou a se esfregar. Estava inquieto com aquela situação. Seus sentimentos estavam confusos e seu coração pesava. Depois de se levar, começou a arrumar suas malas e seus baús de viagem e sorrateiramente Vladimir, que também havia tomado banho, entrou em seu quarto e chegando por trás de mansinho agarrou-o pela cintura e o jogou na cama.
-Socor... – Sua boca foi tapada.
Gabriel tentava escapar daquele homem que o agarrou desprevenido dando chutes e pontapés, já o “estranho” o segurava forte com uma chave de braço.
-Cala a boca garoto! Não gosta mais de ser pego desprevenido? – Disse tirando a mão de sua boca.
-Você! Você é maluco Vladimir? Imagina se meu pai te pega aqui!
-Se esqueceu que ele também tem o rabo preso? Ou melhor, apertadinho...
-Já disse pra não falar sobre isso.
-Sim senhor! – Saiu de cima dele e sentou na extremidade da cama.
Seguiu-se um momento de silêncio dos mais inquietantes.
-Vladimir... – Gabriel sentou na cama.
-Sim?
-Você... Você e ele. Sabe... Tem feito algo ultimamente?
-Quer que eu minta ou que eu diga a verdade?
-A verdade é lógico, seu leso!
-A verdade pode te machucar... E eu não quero isso.
Nesse momento Gabriel parou. Nunca ninguém havia se importado verdadeiramente com ele, se ele tem amigos é porque levava o sobrenome Castro Antunes, se ele fora mimado não foi porque as pessoas que o cercava realmente amavam-o e sim porque era ordem de seu pai. Invés de ser amável, endureceu seu coração e se tornou orgulhoso. Mas aquele vaqueiro cheirando à mato e estrume se importou com ele.
-Você se importa... – Começou Gabriel.
Vladimir percebeu um fina lágrima descendo pelo canto do olho direito, a luz da lua que batia em seu fino rosto iluminou o caminho que aquele gota percorrera.
-Se eu me importo com você? – Terminou Vladimir.
-É...
-Sim, eu me importo.
-Mas também se importa com ele.
-Com o seu pai?
-É... Com o meu... Pai. – Zombou.
-Também me importo.
Ouviram passos subindo as escadas e num salto Vladimir se pôs de pé, ao lado da porta e Gabriel correu enxugar aquela lágrima.
-Meu filho? Posso entrar... Vladimir?
-Sim, senhor?
-Ultimamente a amizade entre vocês aumentou muito. –Esta frase foi como um balde de água fria para Gabriel e Vladimir - Espero que o convença, Vladimir, a amar essa terra.
-Talvez eu já ame essa terra. – Os olhos de Gabriel rumaram sutilmente em direção aos de Vladimir e com certeza não era da terra que Gabriel estava se referindo.
-O garoto também tem um bicho do mato dentro dele senhor.
Álvaro Antunes sorriu.
-É. Espero eu! O jantar está na mesa meu filho. Vladimir, como ficou tão amigo do meu filho e este sendo o último dia dele aqui nas propriedades, jante conosco.
-Agradeço o convite senhor, mas eu gostaria de dormir mais cedo hoje...
-Isso não foi um convite. Espero você em cinco minutos.
Quando Gabriel teve a certeza de que seu pai já havia descido as escadas ele se pôs a roer as unhas e morder os lábios, arrancando sangue às vezes.
-O que ele pretende? Ele descobriu Vladimir! Descobriu, sabe que sou gay, meu Deus! Ele nunca faria isso, convidar um vaqueiro para jantar à mesma mesa?
Vladimir estava devaneando.
-Vladimir!!!
-Oi?
-Você ouviu o que eu disse?
-Perfeitamente garoto! – Estava com um sorriso nos lábios.
-Então repita o que eu disse! Vamos lá!
-Você disse – Foi se aproximando – Que talvez – Os rostos estavam muitos próximos - Já ama essa terra. – Beijou-o.
Desvencilhando de seus robustos braços, gritou:
-Chega! Você não vê que não dá! É simplesmente impossível!
-Chega de criancice e desse jogo de esconde-esconde! Por quanto tempo mais?
-Esse jogo foi você quem começou.
-E foi você que aceitou jogá-lo!
-Então quer dizer que eu sou o culpado por esse inferno?
-Você chama isso de inferno?
-Se ofende?
-Nem um pouco, pois pra mim não tem valor.
-Ótimo! Saia do meu quarto já!
-Será um prazer moleque!
Saiu batendo a porta. Gabriel não conseguia pensar em nada, tudo lhe era tão confuso que sua cabeça começou a doer intensamente, mas ele pensou, com seu velho e resistente orgulho:
“Se ele pensa que vou chorar por sua causa, ele está enganado! Animal! Selvagem! Que ódio daquele homem!!!”
Gabriel pensava que este seria o pior jantar de sua vida e descendo as escadas com uma expressão de quem ia de encontro à própria forca, encontrou Vladimir e seu pai, ambos já sentados à mesa. Sr. Antunes estava na ponta e o vaqueiro Vladimir ao seu lado direito. Gabriel sentou de frente à Vladimir.
-Demorou meu filho...
-Ele estava enxugando as lágrimas... Aliás, é a última noite aqui na fazenda. He, he, he... – Vladimir afrontou-o.
-Não derramei uma gota sequer. – Disse levantando a sobrancelha esquerda - Nunca vi um lugar tão sujo para se viver como este.
-Gabriel Antunes!
-Sim, meu querido pai.
-Tenha modos...
-Não irá me corrigir diante de um subalterno, vai? Antigamente o senhor tinha mais valor, agora se rebaixa a isso!
-Vai com calma garoto... – Interveio Vladimir
-Sua voz é pior que unhas arranhando um quadro negro seu animal! Sua presença nesta sala é realmente inadmissível! Não sei como conseguiu tantas mordomias nesta fazenda, vaqueiro...
-Gabriel... Recolha-se. – Disse seu pai.
-Eu, seu querido filho, é que vai sair da mesa?
-Embarcará hoje mesmo para a cidade.
-Não, eu ainda não jantei. Para mim, a única presença que incomoda nesta sala é este pedaço de estrume que infeta os móveis e os estofados dessa casa com sua falta de civilização e decência.
-Eu não lhe dei opções! Suba. É para o seu próprio bem...
-O senhor nunca teve controle nem sobre a própria vida, como terá sobre mim? Eu irei jantar. Se quiser que alguém se levante, este será o vaqueiro...
-Não é necessário. Eu saio sem precisar mandar... – Vladimir saiu, deixando-os sozinhos. Pai e filho.
Álvaro estava rubro, sua pálpebra inferior esquerda tremia freneticamente, ele apertava o talher com tal força que mais um pouco ele dobraria o garfo ao meio. Girou os olhos a direção de seu filho, que o sustentou com a sobrancelha esquerda erguida.
-Não irá servir o jantar?
-Você não faz idéia...
-A comida deve estar esfriando na panela.
-... Do erro que acabou de cometer.
-E eu estou com fome.
-Seu bastardo! – Levantou-se apoiando os punhos cerrados na mesa – Você é uma desgraça que caiu em minhas mãos! Tua mãe nunca deveria tê-lo tido... Você é mais sujo do que imaginei! Incapaz de ser gentil e perdoar! Você deveria ter morrido no lugar dela!
-Ele prefere a mim. – Retrucou friamente.
Álvaro Antunes ficou pálido, mas a dura e rígida educação que recebera de seu falecido pai, o senhor Domingos Antunes, não permitiria que ele se descontrolasse e Álvaro mais uma vez ele engoliria essa afronta sutilmente. Seu rosto se contorcia em cólera. O ódio a Gabriel, seu filho, estava indo ao extremo.
-Você não é capaz de amar nem seu próprio reflexo no espelho, criatura perversa! Como pensa que ele pode te amar?
-Sou fruto do meio em que vivi, da educação que recebi.
Para Álvaro, aquilo foi a gota d’água. Agarrou o prato que estava à sua frente e lançou com toda a força na parede atingindo em cheio um grande Velázquez que se rasgou ao meio e veio ao chão com um grande estrondo.
-Eu não criei um demônio! Você se transformou num!!! E é para o inferno que irá ao morrer! E espero que isso aconteça rápido! – Gritava Álvaro Antunes.
-É a mim que ele prefere. – Disse mais uma vez Gabriel antes de subir correndo para seu quarto pegar suas malas, deixando seu pai possesso de raiva.
Chegando lá se surpreendeu, pois Vladimir estava à sua espera.
-Como você entrou...
-Cala a boca.
-O quê? Não é porque eu concordei em ser submisso na cama que você, na posição de subalterno, de empregado, irá me faltar com o respeito! Isso tudo chegou a um fim.
Vladimir estava enfurecido, e como todo cowboy enfurecido, ele não era de meias palavras.
-Você perdeu a noção do perigo, ô diacho! Você pode não respeitá-lo como pai, mas aqui ele tem poder. E pode te matar!
-Ele não seria capaz.
-Eu não suportaria a idéia de ter de te matar. Preferiria morrer junto...
-Como... Como assim?
-Tu é burro, é? Eu que faço o serviço sujo aqui da região pra ele... Teu pai iria se sentir vingado me mandando matar você.
-Eu vou embora. Aqui, definitivamente, não é o meu lugar.
-E eu?
-Ora... Ora... Ora... Parece que lacei um puro sangue daquele jeito, não? – Retorquiu ironicamente.
-Não brinca comigo.
-Interessante... Por trás daquele homem selvagem e bruto cheirando à mato e estrume, existe uma criança que não sabe nem sequer lidar com o que está sentindo.
-Você me derrubou agora. – Vladimir sentou na cama apoiando a cabeça nas mãos.
Por alguns instantes permaneceram em silêncio. Mas a força da natureza que agia sobre eles era forte. Não era apenas corporal, mas também sentimental. Não suportando mais aquilo, Gabriel com os olhos cheios de lágrimas beijou Vladimir, aquele vaqueiro selvagem e bruto cheirando à mato e estrume, que o conquistou e o deixou de pernas bambas. Um beijo forte, seguido de um abraço sedento do mais terno amor.
-Deixa eu ir.
-Gab...
-Sai.
-Não quero.
-Você tem meu telefone.
-Não consigo viver só com a sua voz. Quero você todinho pra mim.
-Então vê se esquece aquele homem e vem comigo porra!
Vladimir petrificou.
-Eu... Eu não posso...
-Então me esqueça.
-Não... Não faz isso.
Gabriel já havia dado as costas.
Vladimir não se conformava com aquela situação. Perder Gabriel assim...
A porta do quarto havia se fechado e aquele vaqueiro debruçou-se sobre o lençol da cama onde momentos atrás, aquele menino da cidade dormiu sonhando com ele. Vladimir apertou contra o nariz aquele lençol, aspirando o cheiro do corpo do garoto.
-Gabriel...
O vaqueiro saiu rápido daquele quarto, levando consigo o lençol, e desviando de qualquer oportunidade de cruzar com alguma pessoa, correu para o seu antigo casebre, nos fundos da casa grande. Se não fosse seu envolvimento sexual com Álvaro Antunes, era para Vladimir continuar morando lá.
Tudo estava do jeito que havia deixado, a única diferença era a espessa camada de poeira que se sedimentou sobre os poucos móveis. Arrancando o lençol que estava na cama, deitou-se e abraçou o lençol que trouxe consigo como se estivesse abraçando Gabriel. Vladimir estava assustado com a força daquele sentimento. Mas o sono venceu as lágrimas.
Acordou no outro dia ciente de que Gabriel já não estava lá. Arrumou-se como de costume e foi apartar as vacas. Voltou ao cair da noite e quando colocou o pé no primeiro degrau, ouviu o seu patrão dizer:
-Espero que essa sua aventura sexual com meu... Com Gabriel lhe sirva de lição. Você muito bem sabe que eu já tinha o conhecimento de tudo há muito tempo, não? Deixei para ver onde ia dar... E percebe-se que quem mais perdeu foi você.
-Engano seu, senhor Álvaro Antunes.
-Como? Que tom de ironia é esse?
-Peço demissão.
-...
-Sem mais delongas, vou embora daqui.
-E para onde vai, pedaço de estrume? – Álvaro suava frio. Sua pálpebra esquerda tremia.
-Para a cidade.

Conto de JC, Exclusivo Bondage Man

2 comentários:

Anônimo disse...

ótm

Anônimo disse...

caralho, vc arrasou nestes dois contos. Muito bom!
parabéns!

Tecnologia do Blogger.