Humilhação
Humilhação extrema, moderada ou suave são práticas comuns no BDSM. A humilhação pode ser levada a um nível que muitos consideram edgeplay (jogar no limite) devido às suas implicações e impactos psicológicos. Este é um tema bem controverso e depende em muito do contexto envolvido.
A pessoa que está sendo humilhada é chamada frequentemente de bottom, e a pessoa que humilha é chamada frequentemente de Top, (embora estes são termos padrões usados no jogo geral do papel de dominação e não são específicos aos interesses da humilhação). Outros nomes comuns são slave ou sub/submisso para o bottom, e Master ou Dom/Dominador para o Top.
Modos de se aplicar humilhação
Humilhação sexual pode ser dividida em aspectos verbais e físicos.
Os aspectos verbais podem incluir (somente alguns exemplos):
* Forma de nomeação: "escravo", "menino", "animal de estimação".
* Insultos e abuso verbal: "gordo", "feio", "estúpido", "inútil".
* Referências: o "vadio", "puto", "cadela", "viado".
* Ridicularização do corpo do bottom: referências depreciando pés, aparência facial, genitalia (tamanho), buunda.
* Ridicularização de atitudes: modo de andar, masculinidade, vestimenta.
* Tendo que pedir a permissão para atividades diárias: ir ao toalete, dinheiro para comer.
* Penis, onde a humilhação é dirigida para a incapacidade do bottom satisfazer ao Mestre devido ao tamanha e/ou qualidade do mesmo.
* Repetição forçada, tal como ser obrigado a repetir todas as instruções do Mestre em voz alta.
* Bajulação, como por exemplo ser obrigado a ficar repetindo o tempo todo como o Mestre é inteligente.
Os aspectos físicos podem incluir (somente alguns exemplos):
* Ejacular, defecar, mijar ou cuspir no corpo do bottom, especialmente no rosto.
* Tarefas degradantes, como por exemplo limpar o chão usando a escova de dentes.
* Serviços pessoais ao Mestre: massagens, dar banho no Mestre.
* Serviço de mordomo: pegar os chinelos do Mestre, trazer a comida.
* Perda da liberdade de movimento: ficar ajoelhado em frente ao Mestre aguardando novas ordens.
* Punições: ficar ajoelhado de frente para a parede.
* Dog training (ver artigo específico)
* Perda da liberdade de escolher as próprias roupas, tanto na hora de comprar como na hora de usar.
* Uso de cinto de castidade.
* Usar sinais de propriedade, como por exemplo, uma coleira.
* Ter amigos, parentes ou estranhos que saibam da condição de escravo (humilhação pública).
* Tranformar-se em objeto: banco de apoio dos pés do Mestre.
Várias humilhações envolvem dor, mas a prática está mais associada a degradação, exposição ao rídiculo e situações embaraçosas.
Jogos sexuais podem ou não envolver a humilhação. Por exemplo, uma pessoa pode gostar de Dog Training porque curte ser humilhada e rebaixada. Entretanto uma outra pessoa pode curtir Dog Training sem nenhum elemento de humilhação, simplesmente como uma expressão de seu animal interno.
Psicologia da humilhação
A humilhação sexual aperta teclas de fortes emoções. Por isso mesmo, um nível absoluto de consentimento, muita conversa e comunicação é exigido para garantir de que os resultados serão os esperados por ambas as partes. Por exemplo, um submisso pode gostar de ser xingado de viado e puto, mas pode não gostar de outras formas de humilhação. Do outro lado da moeda, temos submissos que curtem lamber pés, porém não curtem ser xingados.
O jogo da humilhação também não precisa envolver sexo, embora a humilhação tenha apelo erótico e provoque excitamento. Também pode estar ligado ao fato de querer que outros vejam ou assistam (fotos, vídeos ou ao vivo) o ato de degradação.
Como muitas atividades sexuais, a humilhação é um fetishe muito comum, embora muitas pessoas fiquem somente na fantasia masturbatória de como seria uma cena real. Para que um parceiro revele a outro seu fetiche por humilhação, assim como todas as práticas BDSM, é necessário um grau muito grande de confiança e cumplicidade entre os envolvidos. Muitas pessoas têm medo de serem ridicularizados ou discriminados se revelarem seus fetiches e por isso acabam refreando seus desejos sexuais e vivendo num mundo unicamente de fantasias.
Humilhação On-line
Uma saída que essas pessoas que receam confessar suas taras encontrou, foi a humilhação on-line, pois ela aténde vários aspectos:
- é "pública", na medida que alguns submissos gostam de ser humilhados em salas de bate-papo na frente de todos os outros usuários;
- preserva a privacidade do submisso, que paradoxalmente pode ser humilhado e ainda assim não revelar sua verdadeira identidade, nem mesmo para o Mestre;
- permite encontrar num único lugar várias pessoas que compartilham do mesmo fetiche;
- é possível receber ordens ou tarefas que podem ser executas na frente da web-cam.
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